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Secretária Estadual da Saúde descarta recursos extras para hospital de Camaquã

Uma audiência para tratar sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Hospital Nossa Senhora Aparecida (HNSA), de Camaquã, aconteceu na manhã desta quarta-feira (18). Proposta pelo deputado estadual Marcus Vinícius de Almeida (Progressistas), a reunião contou com a presença da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, Gabriel Souza, presidente da Assembleia Legislativa, direção da instituição hospitalar, e outras autoridades no âmbito municipal e estadual. O prefeito Ivo de Lima Ferreira, assim como o secretário de Saúde do município, Renato Sanhudo, não compareceram a reunião.

Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Gabriel Souza se manifestou sobre o contrato do HNSA com o governo do Estado.

“É um problema estrutural. Precisa ter uma atenção da secretaria para adequar este contrato”, disse.

José Almiro Chagas, presidente da instituição, ressaltou as dívidas do hospital e informou que o gasto mensal somente com medicamentos, gira em torno de R$ 700 mil. Ele diz que o contrato para manter as UTIs não é suficiente para bancar as despesas.

O gestor fez um apelo ao governo.

“Nosso apelo ao Estado é que nos acolha”.

Secretária da Saúde, Arita Bergmann sugeriu que a instituição reveja sua gestão, e ressaltou que o Estado não tem pendências financeiras com o hospital de Camaquã. Ela também deixou claro que não há possibilidade de envio de recursos extras, ou seja, que não estão em contrato.

Conforme a secretária, a única possibilidade de novos recursos, seria sobre contrato. Com isto, a instituição de saúde deve oferecer novos serviços ao Estado, diferentes dos já prestados e definidos no acordo atual.

“A única possibilidade é se o hospital prestar novos serviços, aí podemos avaliar”, disse ela.

Por outro lado, a instituição diz que só poderá prestar novos serviços se tiver suplementação orçamentária para preparar a estrutura e comprar equipamentos.

Atualmente o hospital conta com 90% dos atendimentos sendo feitos através do SUS. Para isto, recebe em torno de R$ 2,4 milhões mensais, entre verbas federais e estaduais.