Segundo júri dos denunciados pela morte de RONEI JR. começa hoje

O segundo julgamento dos acusados pela morte do adolescente Ronei Faleiro Jr., ocorrida em 2015, na saída de uma festa em Charqueadas, começa às 9h desta segunda-feira, 4 de julho. Irão a julgamento Alisson Barbosa Cavalheiro, Geovani Silva de Souza e Volnei Pereira de Araújo. Ao todo, 10 pessoas foram acusadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS): são 9 réus em um processo e um, em outro. Além do adolescente, foram vítimas de tentativas de homicídio o pai dele, Ronei Wilson Faleiro, e o casal de amigos Richard Saraiva de Almeida e Francielle Wienke. Atuarão em plenário os promotores de Justiça Anahi Gracia de Barreto, Marcio Abreu Ferreira da Cunha, João Claudio Pizzato Sidou e Eugênio Paes Amorim.

Os réus são acusados dos crimes de homicídio qualificado (meio cruel e recurso que dificultou a defesa), três tentativas de homicídio qualificado (motivo fútil – apenas em relação a Richard –, meio cruel e recurso que dificultou a defesa), associação criminosa e corrupção de menores.

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O julgamento se iniciará com o depoimento das três vítimas sobreviventes. Depois, serão ouvidas as testemunhas e os três acusados. Encerrada essa fase de instrução, serão abertos os debates, em que MPRS e defesa terão 2 horas e 30 minutos cada para se manifestarem. Réplica e tréplica, se houver, serão de 2 horas cada. Após, haverá a votação do julgamento dos três réus. A expectativa é de que o julgamento se estenda por dois a três dias.

SEGUNDO DE UMA SÉRIE DE TRÊS JÚRIS

O júri de 9 dos 10 réus, marcado inicialmente para novembro de 2019, foi dividido em três julgamentos diferentes a pedido da defesa. Peterson Patric Silveira Oliveira, Vinícius Adonai Carvalho da Silva e Leonardo Macedo Cunha foram condenados no início da madrugada de 25 de junho. Jhonata Paulino da Silva Hammes, Matheus Simão Alves e Cristian Silveira Sampaio serão julgados em 11 de julho. O décimo adulto acusado de envolvimento nos crimes, Rafael Trindade de Almeida, foi denunciado depois dos demais e seu caso é apurado em outro processo. Conforme os promotores, eles formavam o “bonde da aba reta”.

COMO ACONTECEU

Conforme a denúncia do MP em Charqueadas, o pai do adolescente, Ronei Wilson Jurkfitz Faleiro (também vítima), deixou seu filho Ronei Jr. na noite de 31 de julho, uma sexta-feira, às 22h, no Clube Tiradentes. O combinado era que iria buscá-lo às 5h. A festa era promovida para arrecadar fundos para a formatura no ensino médio da turma do adolescente. Por volta do horário combinado, o pai ligou para seu filho, que pediu para que aguardasse mais 15 minutos e desse carona a um casal de amigos.

O pai foi até a porta do clube para falar com o filho e o casal. Na saída, perceberam que seriam hostilizados e rapidamente aceleraram o passo para entrar no carro. Quando Ronei Jr. tentou ingressar no veículo, foi puxado para fora e cercado por outros jovens, que chutavam o automóvel. O pai passou a ser atingido com garrafadas, socos e pontapés, recebendo, inclusive, uma “voadeira”. Isso impediu que ele evitasse que o grupo abrisse a porta do carro e atingisse as outras vítimas. Em um determinado momento, conseguiu se desvencilhar dos agressores, entrou no carro e saiu imediatamente do local com o filho e o casal de amigos no interior no automóvel.

No caminho, ao perceber as lesões que o filho e o casal haviam sofrido, deslocou-se rapidamente para o Hospital de Charqueadas. Devido à gravidade, Júnior foi encaminhado de ambulância para o Hospital Santo Antônio, em Porto Alegre. No entanto, chegou à Capital sem vida.

Na denúncia, constam um vídeo e áudios em que integrantes do grupo contam, detalhadamente, como ocorreram as agressões. Os crimes foram cometidos com a clara intenção de matar, simplesmente pelo fato do amigo de Ronei Jr. residir em São Jerônimo e não em Charqueadas, como todos os denunciados.

O ataque a Ronei Jr., seu pai e amigos contou com a participação de menores. O MP apontou sete na acusação: a quatro deles foi aplicada, em 18 de setembro de 2015, medida socioeducativa de internação por três anos, prazo máximo estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente. Os outros três foram absolvidos.

O julgamento será transmitido ao vivo pelo canal do TJRS no YouTube.

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Redação de Jornalismo

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