Bem diferente do primeiro turno, quando milhares de eleitores enfrentaram longas filas para conseguir registrar o voto, o clima neste domingo (segundo turno) foi o oposto. Em diversos locais de votação de Porto Alegre foi possível acompanhar movimentação tranquila e poucas filas. Segundo os integrantes das seções eleitorais, alguns motivos fizeram a diferença. O fato de o eleitor ter que votar apenas em dois candidatos (governador do Estado e presidente da República), ao contrário dos seis votos no primeiro turno, reduziu o tempo em frente à urna.
Outro motivo indicado seria a biometria, em que houve mais rapidez na identificação. Em uma seção da escola estadual Ministro Salgado Filho, na zona Norte da Capital, os mesários identificaram que o uso do polegar esquerdo era reconhecido com maior facilidade na biometria, além disso, a maneira de passar os dados entre os mesários também reduziu o tempo do registro do candidato, colaborando para a votação ágil.
Um dos locais emblemáticos foi a escola João Antônio Satte, no Parque dos Maias, bairro Rubem Berta, na zona Norte. No primeiro turno, próximo às 11h, as filas eram longas junto às entradas das salas. No segundo pleito, praticamente não havia tempo de espera. Bastava chegar com o documento e votar. Secretário eleitoral há 10 anos, Ulysses Luis Carvalho Kosmaliski destacou que a maior demora ainda era na biometria.
Mesmo assim, considerou como positivo o fato de muitos eleitores irem cedo ao colégio, apesar da circulação de notícias falsas sobre possível horário de verão nas urnas. “Havia o receio que ninguém votaria antes das 9h, o que não se confirmou, facilitando o pleito”, explicou ele.
Na frente dos locais de votação o clima também era diferente ao primeiro turno. Praticamente não se viu ninguém com bandeiras ou distribuindo santinhos (boca de urna). Inclusive, nos locais visitados não havia nenhum material eleitoral espalhado pelo chão, como ocorreu no primeiro turno. O policiamento seguiu reforçado nos locais, com brigadianos presentes nos locais.