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Serasa registrou mais de 2 milhões de tentativas de golpe

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Levantamento feito pela consultoria Serasa Experian mostra que, de janeiro a dezembro do ano passado, ocorreram 2,14 milhões de tentativas de fraude por meio de violação de dados cadastrais, quando criminosos usaram a identidade das vítimas para dar golpes financeiros. Número foi superior ao de 2011 (1,96 milhão de registros) e de 2010 (1,87 milhão).

O Indicador Serasa Experian apontou que, em 2012, a maioria das ações ocorreu no setor de telefonia com 749.213 registros (35%). Depois vem o setor de serviços com 716.318 tentativas (33,4%). 
Nessa área os segmentos escolhidos pelos criminosos estão construtoras, imobiliárias, pacotes turísticos e de serviços em salões de beleza. Em terceiro lugar estão bancos e financeiras (cerca de 18%), varejo (aproximadamente 10%) e outros setores com 2%.

De acordo com Maria Zanforlin, Superintendente de Serviços ao Consumidor da Serasa Experian, o índice pode ter relação com a ascensão econômica do brasileiro, que ao se encontrarem mais abertos à divulgação de dados “acabam servindo com porta de entrada para que os golpistas atuem”. 

Para Airton Melo, coordenador do Procedimento administrativo e julgamento do Procon Fortaleza, um dos principais problemas em relação às fraudes no Brasil decorrem do sistema de segurança pouco eficiente das empresas que prestam os serviços ao consumidor. Nesse sentido, os mecanismos das empresas têm de ser mais precisos a fim de que se possa garantir a inviolabilidade dos dados fornecidos pelos clientes.

Segundo a Serasa, os golpistas costumam adquirir telefone para ter endereço e comprovar residência, por meio de correspondência, o que lhes permite abrir contas em bancos e ter acesso a talões de cheque, cartões de crédito e empréstimos.

O setor de telefonia, na opinião de Melo, segue como mais vulnerável principalmente pelas facilidades que os golpistas encontram durante a ação fraudulenta. 

Nos bancos, houve uma queda em comparação a 2011, quando a taxa de ocorrências foi 26%. Na avaliação técnica da Serasa, a redução na área financeira se deve à retração na procura por crédito e ao aumento em telefonia e serviços de internet. 

Entre as principais tentativas de fraudes estão a solicitação de cartão de crédito com falsa identidade, financiamento de produtos eletroeletrônicos, compra de celulares e de automóveis. Neste último caso, o criminoso pode fazer a “lavagem de dinheiro”. Para isso, conforme alerta a Serasa, paga as prestações em dinheiro e depois vende o veículo “esquentando” o dinheiro. 

Para se proteger, Maria alerta à necessidade de consumidores e empresas estarem atentas ao quesito segurança. De acordo com a pesquisa, a cada 14,8 segundos um consumidor brasileiro é vítima de um criminoso que busca obter crédito com a certeza de não ter de pagar a conta ou com o objetivo de fechar um negócio com documentos falsos. Com informações da Agência Brasil.

Saiba como se precaver para não ser vítima de golpes:

1) Não forneça seus dados pessoais para pessoas estranhas;

2) Não forneça informações pessoais ou número de documentos por telefone e ter mais cautela com promoções e pesquisas;

3) Não perda de vista seus documentos de identificação quando solicitados para protocolos de ingresso em determinados ambientes ou quaisquer negócios;

4) Não informe números dos seus documentos quando preencher cupons para participar de sorteios ou promoções de lojas;

5) Não faça cadastros em sites que não sejam de confiança;

6) Cuidado com sites que anunciam oferta de emprego ou promoções;

7) Fique atento à dicas de segurança da página, por exemplo, como a presença do cadeado de segurança;

8) Cuidado com dados pessoais nas redes sociais que podem ajudar os golpistas a se passar por você, usando informações pessoais, como signo, modelo de carro;

9) Mantenha atualizado o antivírus do seu computador, diminuindo os riscos de ter os seus dados pessoais roubados por arquivos espiões.

10) Em caso de roubo, a Serasa sugere que a vítima cadastre a ocorrência, gratuitamente, na base da dados da Serasa Experian, como meio de informar o ocorrido para o mercado.