Na manhã desta segunda-feira (10), o presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schünke, participou do Programa Primeira Hora. A entrevista focou nos desafios enfrentados pelo setor tabagista devido às intensas chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul em maio.
Durante a conversa, Schünke destacou as medidas imediatas tomadas pelas empresas de tabaco para auxiliar seus empregados e produtores. As empresas priorizaram a segurança e o bem-estar de seus trabalhadores, encerrando temporariamente as operações para garantir que os empregados pudessem voltar para casa antes que as estradas fossem bloqueadas:
“Empresas tomaram uma atitude realmente muito elogiada porque se preocuparam logo com os seus empregados,” comentou Schünke, elogiando a resposta rápida das companhias.
Além do suporte direto aos trabalhadores, incluindo manutenção de salários e fornecimento de alimentos e bebidas, as empresas também organizaram esforços voluntários para ajudar na recuperação de propriedades danificadas. Esse esforço incluiu a substituição de móveis danificados e a assistência em comunidades severamente afetadas.
Schünke também mencionou que um levantamento foi realizado para avaliar os danos nas propriedades dos produtores de tabaco:
“Esse levantamento foi feito na primeira e segunda quinzena de maio, mesmo com dificuldades de comunicação em algumas áreas,” disse ele, ressaltando a importância do envolvimento das equipes de campo das empresas.
As perdas foram significativas, abrangendo desde estufas e galpões até a camada superficial de solo agrícola, crucial para o cultivo. Schünke enfatizou a necessidade de colaboração com entidades como Emater e Embrapa para orientar tecnicamente os produtores na recuperação das terras agrícolas:
“A participação da Emater e da Embrapa é extremamente importante para refazer essas terras,” afirmou.
A entrevista também abordou a questão da comercialização do tabaco, com Schünke observando que a maior parte da produção já havia sido vendida antes das enchentes, o que minimizou as perdas:
“Foi sorte, porque se não fosse assim, talvez mais de 30% ainda estaria na casa dos produtores e teria se perdido bastante,” explicou.
O presidente do Sinditabaco finalizou a entrevista com uma perspectiva otimista para o futuro, destacando a solidariedade e resiliência do setor:
“Apesar das dificuldades, esperamos uma safra normal para o próximo ano e continuaremos trabalhando para apoiar nossos produtores e empregados,” concluiu Schünke.