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Síndrome do pânico: conheça os 05 sinais de que você pode estar tendo um ataque

Foto: Ilustração/Pixabay
Foto: Ilustração/Pixabay

Dores no peito, taquicardia, dificuldade para respirar e
muito medo de morrer. Todos esses sintomas, que podem parecer um infarto, são
algumas das características dos ataques de pânico. Porém, não é rara a confusão
das crises de pânico com problemas no coração. Mas como diferenciar os
sintomas?

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Renata Freitas, 30 anos, convive com as crises de pânico há
quatro anos e conta que no início acreditava ter realmente sérios problemas
cardíacos.

“Um dia comecei a sentir muita tontura e do nada meu coração começou
a acelerar. Acelerou muito e comecei a sentir uma sensação de morte iminente.
Parecia que eu estava morrendo, pensei que fosse desmaiar. Naquele momento, me
levaram para o hospital, fizeram alguns testes e não deu nada”, lembra.

Quirino Cordeiro, Coordenador-Geral de Saúde Mental do
Ministério da Saúde, esclarece que o transtorno de pânico é caracterizado como
uma doença ansiosa, ou seja, a pessoa que tem ataques de pânico apresenta
crises importantes de ansiedade que muitas vezes acontecem sem motivos reais.
“Em geral, essas crises de ansiedade não têm um fator que a deflagra. A pessoa
pode estar em um ambiente calmo, tranquilo e mesmo assim apresentar uma grave
crise de pânico. Durante uma crise um indivíduo pode ter sintomas como
taquicardia, dificuldade para respirar e tremores, que são os sintomas físicos.
Mas também existem sintomas psíquicos, como sensação de morte eminente, uma
angustia muito grande e muito medo”, esclarece.

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Síndrome do pânico

A síndrome do pânico, ou transtorno de pânico, é caracterizada
pela presença recorrente de crises de ansiedade. “A característica principal do
transtorno são as crises esporádicas que duram alguns minutos e têm forte
intensidade. É importante se atentar que uma pessoa pode ter uma crise em
determinada situação e não ter um transtorno de pânico. Nesse caso, o que
identifica a síndrome são as crises recorrentes”, explica Quirino.

No caso de Renata, foram exatamente as crises constantes que
a levaram a procurar o tratamento adequado. “Na primeira crise achei que seria
um episódio isolado, que nunca mais teria esses sintomas. Mas as crises se
repetiram várias e várias vezes. No trabalho eu chegava a precisar sair
correndo para o banheiro me sentindo muito mal enquanto estava atendendo um
cliente. Inicialmente, eu passei por vários cardiologistas e fiz todos os
exames possíveis. Até que um dos médicos me falou que meu problema poderia ser
psicológico. Nesse momento eu procurei um psiquiatra e tive o diagnóstico.
Desde então, eu uso medicamentos, mas é uma luta diária para conseguir fazer
todas as coisas”, conta.

Quando procurar o serviço de saúde?

Cordeiro explica que quando se trata de uma crise
esporádica, não é necessário ir ao serviço de saúde. Mas, quando as crises são
recorrentes, é importante procurar atenção médica para começar o tratamento.

“Existem medicamentos para auxiliar nesse transtorno, em geral são utilizados
antidepressivos, que apesar do nome e serem usados também no tratamento da
depressão, também são utilizados com bastante sucesso no tratamento do
transtorno de pânico. E existem também tratamentos de outras ordens, como
psicoterapia que também podem ajudar “, esclarece.

Além disso, o coordenador explica ainda que é importante que
pessoas com transtorno de pânico procurem tratamento para que os sintomas não
piorem, já que é comum apresentar outros transtornos mentais simultâneos. “Não
é incomum que pessoas com transtorno de pânico também apresentem quadros
depressivos e algumas fobias. Por exemplo, pessoas que têm transtorno de pânico
sem tratamento podem apresentar o que se chamamos de agorafobia. Que é uma
dificuldade de se expor a situações onde ele acha que ele pode ter um ataque de
pânico e não ter um acolhimento, não ter um cuidado especifico. O indivíduo
começa a ficar mais isolado, com dificuldade de sair porque ele acredita que
pode ter um ataque a qualquer momento”, alerta.

O SUS disponibiliza assistência psicológica aos pacientes e
seus familiares por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Se precisar de
ajuda, procure o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) ou uma unidade de saúde
da sua cidade.

Precisa conversar? Em todo o Brasil existe o CVV — Centro de
Valorização da Vida, que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio,
atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam
conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat 24 horas todos os dias.
Basta uma ligação para 141 ou, se preferir, acessar um atendente especializado
on-line no site.

Fonte: Ministério da Saúde