Produtores rurais, técnicos, empresários, professores, pesquisadores, estudantes e interessados nas questões ambientais e no uso sustentável dos recursos naturais participam, até esta quarta-feira (26), do 11º Congresso Florestal Estadual do RS e 2º Seminário Mercosul da Cadeia Madeira, no Grêmio Pratense, em Nova Prata.
O Congresso foi criado em 1968, com o objetivo de estabelecer um fórum de discussão do setor florestal e suas associações com outros setores da economia gaúcha, considerando que a exploração das florestas naturais, especialmente de Araucária, da década de 40 até o final da década de 60, alavancou o desenvolvimento socioeconômico do município. “Discussões ambientais das mais importantes foram defendidas, ampliadas, apresentadas e deram frutos à história da preservação ambiental”, destacou o presidente do Congresso, professor Aino Jacques.
Um dos assuntos abordados no Congresso foi os sistemas produtivos integrados. Conforme o pesquisador da Embrapa Florestas Vanderley Porfírio da Silva, se por um lado a integração lavoura-pecuária-floresta demanda maior capacidade de gestão, por outro, essa diversificação das atividades aumenta a sustentabilidade econômica, social e ambiental das propriedades. A integração da floresta (espécies comerciais, árvores frutíferas ou melíferas) com a lavoura e a pecuária cria novas oportunidades de negócio e reduz os riscos para o produtor com as demais atividades, sujeitas às frustrações climáticas, que podem afetar a produção.
De acordo com o pesquisador, além de constituir numa “poupança verde”, o componente florestal incorpora benefícios ambientais ao sistema e proporciona a valorização da unidade produtiva. Vanderley ressalta que a escolha do sistema produtivo integrado mais adequado depende da realidade local/regional e requer manejo correto, tecnologia, conhecimento, assistência técnica assídua e um planejamento que contemple a conservação do solo e da água, o trânsito de maquinários e equipamentos pela área, e o comportamento dos animais no sistema.
