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Sobe para sete o número de cidades em situação de emergência no Rio Grande do Sul

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Sete cidades já decretaram situação de emergência no Rio Grande do Sul em consequência das chuvas e eventos climáticos que atingem o estado, conforme o balanço mais recente divulgado no domingo (28) pela Defesa Civil do estado. Na região, o município de Cristal decretou situação de emergência. 

As regiões mais afetadas foram o Norte, o Noroeste e a Fronteira Oeste gaúcha, onde as cidades de Campo Novo, Três Passos, Coronel Bicaco, Tiradentes do Sul, Tenente Portela, Santo Augusto e Cristal decretaram situação de emergência.Mais de 200 famílias foram retiradas de casa.

Apesar da chuva e ventania no final de semana, nesta segunda-feira (29), no entanto, o tempo deve dar uma trégua. A situação, entretanto, muda nos próximos dias por causa da previsão de mais chuva.

No sábado (27) moradores da cidade de Sertão, no Norte do Rio Grande do Sul, foram surpreendidos por um vendaval que causou estragos pela cidade, deixando cinco pessoas feridas. Um galpão onde acontecia uma festa com 200 pessoas foi praticamente destruído pela força do vento.

Na Região Metropolitana de Porto Alegre a maior preocupação das autoridades continua sendo o município de São Sebastião do Caí, que fica a cerca de 80 quilômetros da capital gaúcha. O rio Caí está a 10 metros acima do normal e 35 famílias foram levadas para um abrigo local.

Em Panambi, no Noroeste do Rio Grande do Sul, 15 famílias tiveram que sair de casa. a rua que liga o Centro da cidade ao bairro Érica praticamente desapareceu embaixo da água, o que fez com que muita gente perdesse praticamente tudo o que tinha.

“De repente questão de uma hora inundou tudo, trancou as boca de lobo, que nós já temos um problema que são poucas boca de lobo, então quando elas trancam a água vem com toda pressão, porque é baixada que tem aqui, isso de repente inundou que não deu tempo de tirar nada. Foi perdido praticamente quase tudo que a água levou, não teve nem como recuperar, coisa assim que vai ser lavado limpado, coisa perdida mesmo”, afirma o empresário Fabio Ortiz.

“Em menos de uma hora a gente conseguiu tirar o que pode depois não deu mais tempo, lá embaixo alguma coisa, aqui em cima erguer o que foi possível, mas infelizmente, é ruim de falar”, dizia emocionado o também empresário Thiago Mayer.

De acordo com a Defesa Civil de Panambi, em um período de 25 minutos choveu entre 90 e 110 milímetros. “Isso fez com que a rede de escoamento da água da chuva não desse vazão a todo esse volume de água. Isso causou alagamento sim nos pontos mais baixos da cidade e gerou transtornos aos moradores, houve água invadindo casas”, afirma o coordenador da Defesa Civil, Mateus Junges.

Fronteira Oeste

Em São Borja, 18 famílias foram para a casa de amigos e parentes, enquanto cinco foram para abrigos públicos. O rio Uruguai estabilizou, mas ainda existe o risco de novas enchentes uma vez que a água vinda do Norte e Noroeste, onde foi registrava muita chuva, ainda pode aumentar o nível da chuva.

“Estamos num período de muita chuva e estamos monitorando a barragem em Itá porque se chover muito por lá, existe a possibilidade de abertura das comportas o que vai refletir nos nossos municípios. Então a questão é de cautela e muito monitoramento pra ver que decisões futuras teremos”, afirma o coordenador da Defesa Civil de São Borja.

Em Itaqui, seis famílias foram encaminhadas para abrigos e 29 casas volantes foram levadas para pontos mais altos da cidade.

Em Uruguaiana o nível do rio aumentou um centímetro por hora no domingo, e a água chegou a atingir nove metros acima do normal, o que fez com que 43 famílias tivessem que abandonar as suas casas, sendo que sete estão em um abrigo municipal.

Vale do Taquari

Na Região dos Vales a preocupação é com a cheia do rio Taquari. Em Lajeado, 15 famílias foram levadas para um ginásio municipal. O rio chegou a atingir a marca de 21 metros, oito acima do normal.

Em Estrela, na mesma região, outras 20 famílias foram retiradas de casa de forma preventiva, sendo que 13 foram para abrigo municipal. Conforme a Defesa Civil, não há previsão de retorno para casa.