Além de atuar no desenvolvimento de uma vacina contra o Zika Vírus, o Instituto Butantan trabalha também para criar um soro para proteger mulheres grávidas das graves consequências da infecção pela doença. Segundo o diretor do Instituto, Jorge Kalil, em 1 ano o soro deve estar pronto.
– Como não há medicação e vacina, o que podemos fazer mais rapidamente é um soro, (..) isolar as imunoglobulinas, e injetar nas mulheres grávidas. Desta forma, neutralizamos o vírus, e impedimos que ele atravesse a placenta, e cause os efeitos conhecidos.
Uma das diferenças entre uma vacina e o soro é a forma de ação no corpo. A vacina é injetada em pessoas saudáveis para que o próprio corpo desenvolva os anticorpos contra aquela determinada enfermidade. Ela previne a doença. Já o soro é aplicado em pessoas, grávidas no caso, que estão com a doença. É o próprio anticorpo que está presente no soro injetado para combater diretamente o vírus.
Conforme o diretor Jorge Kalil, os trabalhos já começaram com o cultivo do vírus. Na próxima semana, os técnicos começam a imunizar cavalos, que criam os anticorpos. Depois, estes anticorpos são isolados, e injetados nas grávidas que tiveram contato com a doença.