Um grupo de cientistas na Hungria, recentemente, criaram um novo híbrido, resultado da cruza do esturjão russo e o peixe-paddle americano. Chamado de Sturddlefish, a espécie foi criada acidentalmente.
Usando a ginogênese (um método de reprodução assexuada que requer a presença de espermatozóides sem a contribuição de seu DNA para a conclusão), os pesquisadores acidentalmente usaram espermatozóides para fertilizar os óvulos de esturjão. Notavelmente, a hibridação funcionou.
A maioria das pessoas conhece o esturjão russo por seus ovos, que são vendidos como caviar sofisticado. O paddlefish americano tem um focinho longo e só pode ser encontrado em metade dos EUA. Ambas as espécies são chamadas de “peixes fósseis” por causa de sua linhagem antiga e lenta evolução.
Infelizmente, tanto o esturjão quanto o peixe a remo estão criticamente ameaçados, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza. Como as duas espécies de peixes correm o risco de morrer, os cientistas estão compreensivelmente curiosos se o esturjão e o peixe a remo podem ser criados em cativeiro.
Peixes hibridizados eclodiram dos ovos, e os pesquisadores os separaram em dois grupos. Alguns dos studderfish que tinham o dobro do DNA materno pareciam mais esturjão do que peixe-pá. O segundo grupo, que tinha a mesma quantidade de DNA materno e paterno, parecia uma mistura igual das duas espécies.
A cientista Attila Mozsár, do Instituto de Pesquisa de Pesca e Aquicultura da Hungria, além dos outros cientistas responsáveis pelo novo híbrido de peixes, revelou suas descobertas em um estudo publicado na revista científica Genes este mês.
O estudo marcou a primeira hibridação bem-sucedida entre essas duas espécies – esturjão russo (Acipenser gueldenstaedtii) e peixe-paddle americano (Polyodon spathula) – e entre membros das famílias Acipenseridae e Polyodontidae.
“Nunca quisemos brincar com hibridização”, disse Mozsár ao The New York Times. “Foi absolutamente não intencional.”
Enquanto o Sturddlefish oferece uma visão fascinante da hibridação de duas espécies que não foram necessariamente criadas para acasalar, não espere que um cardume de Sturddlefish invada as águas tão cedo. A maioria dos híbridos feitos pelo homem, como esses peixes-palhaço, são estéreis e não podem se reproduzir na natureza. Então, por enquanto, esses peixes-boi são uma mera estranheza científica.
