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Suplente de senadora camaquense cassada assume cadeira no Senado Federal

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O terceiro suplente da ex-senadora Juíza Selma (Podemos – MT), Carlos Fávaro (PSD-MT), foi empossado como senador da República nesta sexta-feira (17). Logo depois de prestar juramento, na sala de comando das votações remotas montada no Prodasen, Fávaro já teve o nome incluído no plenário virtual da Casa e já participa da sessão deliberativa de hoje.

Em dezembro passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu cassar o mandato da camaquense, Selma Arruda, por abuso de poder econômico e caixa 2 nas eleições de 2018. Depois de quatro meses da decisão da Justiça Eleitoral, a Mesa Diretora do Senado, formalizou na última quarta-feira (15) a perda de mandato da juíza aposentada, que diante da decisão disse que se dedicará à advocacia.

A Justiça Eleitoral determinou uma nova eleição para preencher o cargo, no dia 26 de abril, mas sem condições de realização do pleito, devido à pandemia do Covid-19, Fávaro ganhou no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ocupar a cadeira até a realização de novas eleições.

Recentemente, a ex-senadora divulgou uma nota à imprensa, sobre sua cassação:

“NOTA À IMPRENSA

A Juíza Selma recebeu a notícia sobre a decisão da Mesa Diretora com respeito e tranquilidade, certa de que sempre pautou sua trajetória com retidão dos seus atos como magistrada e parlamentar.

Selma acredita que vontades políticas com evidentes intenções obscuras prevaleceram no seu julgamento, o que fere a soberania do sufrágio popular e a obediência aos princípios do contraditório e ampla defesa.

A partir de agora, Selma irá se dedicar à advocacia e lutar para que outros cidadãos não tenham seus direitos cerceados como ocorreu no seu caso.”

Quem é Selma Arruda

Selma Rosane Santos Arruda, nasceu em Camaquã, no dia 20 de janeiro de 1963. É uma magistrada aposentada e política brasileira, filiada ao Podemos.

Atuou por 22 anos na magistratura no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJMT), na 7.ª Vara Criminal de Cuiabá, até se aposentar, em 2018. Ganhou notoriedade por sentenciar em Mato Grosso, prisões de políticos envolvidos em corrupção.

Nas eleições de 2018, foi eleita na primeira colocação como senadora por Mato Grosso pelo PSL. Em 10 de dezembro de 2019, o TSE decidiu pela cassação de seu mandato, ao condená-la por abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos durante a campanha de 2018.

A decisão, no entanto, só teria efeito após a publicação do acórdão. A decisão foi confirmada pela mesa diretora do Senado em 15 de abril de 2020.