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Tabaco brasileiro é aprovado em pré-inspeção chinesa

Foto: Junio Nunes | SindiTabaco
Foto: Junio Nunes | SindiTabaco

Pelo terceiro ano, a pré-inspeção do tabaco, uma das
exigências do protocolo bilateral de comércio entre Brasil-China, ocorreu sem a
presença dos técnicos da Administração Geral das Alfândegas da República da
China (Gacc) devido à pandemia. Em acordo com o Gacc, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ficou encarregado da coleta das
amostras do produto processado e envio à Central Analítica da Universidade de
Santa Cruz do Sul (Unisc) para testes laboratoriais que comprovem a fitossanidade
do tabaco brasileiro antes do embarque.

O encerramento oficial das atividades ocorreu na última sexta-feira, 29 de
julho, por videoconferência, e reuniu representantes do Sindicato Interestadual
da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) e empresas exportadoras, do Mapa, dos
órgãos estaduais de Defesa e Sanidade Vegetal, da China Tabaco Internacional do
Brasil (Ctib) e da Unisc. 

O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, cumprimentou os parceiros presentes
no encontro e reforçou a importância da China para o setor de tabaco
brasileiro.

“Expresso meu agradecimento à Ctib pela intermediação deste
importante trabalho, especialmente nesses três últimos anos, quando devido à
pandemia foi necessário reformular a operacionalização da inspeção. Também ao
Mapa e à Unisc, nosso agradecimento pela parceria e eficiência. Estamos muito
satisfeitos de chegar ao final de mais uma pré-inspeção com bons resultados e
esperamos poder retomar esses encontros no futuro porque isso significará a
manutenção dos negócios com a China”, disse Schünke. Em 2021, a China foi
o segundo maior importador do produto, gerando divisas de US$ 183 milhões.

A responsável técnica do laboratório da Central Analítica da Unisc, professora
Adriana Dupont Schneider, destacou que foram 30 dias de intenso trabalho.
“Analisamos 51 lotes de sete empresas, e todos os resultados foram
negativos para as pragas que fazem parte do acordo entre Brasil e China. Não
foram encontrados patógenos e estamos agora na expectativa da aprovação do
embarque do produto pelas autoridades chinesas”, analisou.

Roque Danieli, auditor fiscal do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade
Vegetal do Mapa no RS, apresentou o relatório das atividades da pré-inspeção.
“Todos os lotes foram aprovados e as empresas auditadas foram habilitadas
para exportação. Além disso, nas propriedades que temos auditado, não
encontramos inconformidades em relação ao correto uso de defensivos agrícolas,
o que também é uma conquista da cadeia produtiva, resultado direto do Sistema
Integrado e do constate trabalho de atualização dos técnicos das empresas.
Recomendamos a continuidade do trabalho de orientação para a manutenção destes
patamares da qualidade física e química do tabaco e de prevenção das pragas
quarentenárias”, comentou Danieli.

Eduardo Henrique Porto Magalhães, chefe da Divisão de Fiscalização e
Certificação Fitossanitária Internacional do Mapa em Brasília, representou o
diretor da Divisão, Carlos Goulart. Ele reforçou a importância das exportações
de tabaco e fez um reconhecimento do esforço das indústrias para a manutenção
do acordo. Já o superintendente substituto do Mapa no Rio Grande do Sul, José
Ricardo de Matos Cunha, destacou a parceria entre o Mapa, a China e os
representantes das empresas, bem como o trabalho dos auditores fiscais que
conduziram as auditorias.

O vice-presidente da China Tabaco Internacional do Brasil (Ctib), Yongsheng Qu
agradeceu a colaboração por parte do SindiTabaco, bem como do Mapa e Unisc na
condução dos trabalhos. “As inspeções trouxeram resultados positivos e
passamos agora a uma segunda etapa que é a de avaliação dos documentos pelo
Gacc”, disse o executivo.

Texto: SindiTabaco