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Tarso visita vítimas de sequestro em Cotiporã e elogia ação policial

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Menos de 48 horas após assalto frustrado e a ação policial que mobilizou o município de Cotiporã, na Serra Gaúcha, o governador Tarso Genro visitou a comunidade, autoridades e as pessoas que, durante cerca de 20 horas, ficaram sob o domínio de criminosos. Ao chegar na localidade, Tarso foi visitar a família Buratti, que teve a casa invadida e foi feita refém pelos assaltantes.

As vítimas relataram os momentos de tensão que viveram durante todo o domingo, mas que, apesar do trauma emocional, ninguém foi ferido. O governador colocou a Secretaria de Saúde à disposição, caso a família entenda que seja necessário um tratamento psicológico e ressaltou que durante toda a ação a prioridade da Brigada Militar era encontrá-los com vida.

Após, em almoço na Capela São Pedro, Tarso Genro conversou com cada policial que participou do enfrentamento que resultou na morte de três assaltantes e com os que realizaram o cerco que obrigou os bandidos a liberarem os reféns. Em entrevista coletiva, perguntado sobre a ação policial e os riscos que elas representaram às vítimas, o governador destacou que “em momentos como esse, a polícia tem que fazer uma opção. Ou responde ao ataque de maneira tecnicamente adequada ou sucumbe perante os bandidos. Os policias agiram muito bem e estavam bem treinados para isso”.

Tarso afirmou ainda que vai analisar a possibilidade de promover, por ato de bravura, os policiais militares que participaram da ação. Na conversa com os soldados Sedenir dos Santos Lopes, Derques Adriano Garcia Martins e Leonardo Rafael dos Santos, o governador elogiou o fato de a vida dos reféns ter sido preservada mesmo com o forte confronto. Além destes, ainda participou do tiroteio o soldado Nivaldo Nondillo, que levou um tiro no braço e permanece hospitalizado.

O diretor de administração da fábrica de jóias que foi alvo dos bandidos, elogiou o trabalho do Brigada Militar, dizendo que “foi um trabalho exemplar e que merece o reconhecimento de toda a comunidade de Cotiporã”, disse. No momento, as buscas aos assaltantes que conseguiram fugir permanecem, inclusive com a participação da Polícia Civil.

Secretário afirma que quadrilha presa em Cotiporã era rastreada há meses

A libertação de todos os réfens, com vida e sem lesões, em Cotiporã, na Serra Gaúcha, é fruto de um trabalho de meses da Brigada Militar (BM) e Polícia Civil do Estado. A quadrilha que assaltou, neste domingo (30), a cidade de quatro mil habitantes já era rastreada pelas forças de segurança, em função dos ataques com explosivos em caixas eletrônicos e postos de pedágios. “Há muito tempo, estávamos nos preparando para o combate desta quadrilha especializada em explosão de caixas eletrônicos, já havíamos detectado o grupo e estávamos rastreando as lideranças e reforçamos o efetivo na região”, explica o secretário de segurança pública (SSP), Airton Michels.

A partir de informações obtidas através do rastreamento do grupo, realizado pela inteligência da BM, um contigente maior das forças de segurança estava mobilizado no entorno da cidade, o que “possibilitou uma reação rápida”, aponta Michels. A operação foi realizada pela Brigada Militar e Polícia Civil.

Por 20 horas, nove reféns foram mantidos em cativeiro pelos criminosos, que invadiram,com auxílio de explosivos, uma fábrica de joias, em Cotiporã, na noite de domingo. “A orientação do governador era para preservar a vida dos reféns, então agimos da forma mais prudente possível”, lembra o secretário. Durante troca de tiros com PMs, três criminosos foram mortos, um deles era o assaltante mais procurado do Estado. Os demais levaram os réfens para a mata, na localidade conhecida como Morro do Céu. Por volta das 23h, a Brigada Militar e Polícia Civil resgataram todos os réfens, que não sofreram agressões.

Até o fechamento desta edição, quatro assaltantes estão foragidos e a Brigada Militar mantém as buscas na região e o efetivo reforçado.