O Programa Primeira Hora recebeu na manhã desta terça-feira (28), o economista Maurício Weeis. O projeto de lei discutido pela Câmara Federal que mira o fim da isenção de compras em sites internacionais até US$ 50, conhecido como Taxa da Blusinha, junto ao comércio chinês foram pautas desta conversa.
O economista inicia sua fala pontuando num contexto geral, o sistema de compras online da população brasileira, onde não há cobrança de impostos sobre importação. Ele pontua que este sistema persiste não apenas com produtos de origem chinesa, mas também com outros países asiáticos.
Questionado sobre quais setores defendem a “não tributação” de artigos importados e a principal motivação:
“Não dá para dizer se nominalmente quem defende, mas em geral, o que se alega é que a compra dos produtos de fato os dados são feitos por parte de pessoas de classes até C”, destaca.
O sistema de compras atua como um facilitador para as pessoas com renda inferior aos salários de outras classes adquirirem seus produtos por vias de melhor acessibilidade no exterior. Por outro lado, também há a demanda de empresas nacionais que perdem seu espaço de mercado com o exterior.
O economista defende que deveria haver uma revisão desta situação comércio, onde deveria se priorizar a atividade econômica do Brasil. Ele cita como exemplo a economia chinesa, onde há uma carga horária trabalho diferenciada e menos impostos que incidem sobre a folha trabalhista.
A decisão sobre a retirada do fim da isenção do Mover será decidida em reunião, no início da tarde, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A condição proposta na Casa Legislativa é de que o Ministério da Fazenda envie, ainda em junho, um projeto de lei para taxar as compras internacionais.
