O juízo da 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre julgou procedente, nesta terça-feira, 16 de maio, a denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e pronunciou Jeverson Olmiro Lopes Goulart, tenente da Brigada Militar, pelo homicídio duplamente qualificado (mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a ocultação de outro crime) e estupro de vulnerável do sobrinho Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves, com 12 anos à época dos crimes. O réu será julgado pelo Tribunal do Júri.
Conforme a denúncia do MPRS, assinada pela promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari, entre os dias 29 e 30 de novembro de 2016, na casa onde morava toda a família, em Porto Alegre, Jeverson teria estuprado o menino. A mãe da vítima, que, inconformada com a indicação do inquérito policial de que o filho teria se suicidado, procurou o Ministério Público e informou que o menino apresentou comportamento estranho antes de ir dormir, e ele tinha passado as últimas horas sozinho em casa com o tio. Após a morte, Jeverson sugeriu que gostaria de ficar com as cuecas da vítima, o que levantou as suspeitas da mãe contra ele. O MPRS ouviu uma testemunha que informou também ter sido vítima de estupro pelo réu quando tinha 11 anos.
Ao retomar as investigações, o Ministério Público concluiu que Jeverson estuprou Andrei e, em seguida, para ocultar o delito, executou a vítima enquanto ela dormia e manipulou a cena do crime para sugerir suicídio.
