A Polícia Civil, por meio da Divisão de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro, deflagrou nesta terça-feira (12) a terceira fase da Operação Capa Dura. A ação visa desmantelar um esquema de licitações fraudulentas na Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre (SMED/POA). As investigações apontam que o processo de compras da secretaria era iniciado de forma irregular, com empresas direcionando produtos e influenciando o conteúdo de editais, resultando em aquisições desnecessárias ou excessivas. O prejuízo aos cofres públicos é estimado em R$ 58 milhões.
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Durante esta fase da operação, foram emitidos 11 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Sul e São Paulo, além de uma prisão preventiva e quatro ordens de suspensão de servidores públicos suspeitos. As medidas incluem ainda o bloqueio de 30 imóveis, como forma de assegurar a recuperação dos valores desviados. Segundo a Polícia Civil, foram identificadas práticas como o uso de termos idênticos aos materiais de divulgação das empresas nos editais, indicando um conluio prévio para beneficiar fornecedores específicos. Os processos eram acelerados sob o pretexto de urgência, o que eliminava a concorrência.
A Operação Capa Dura mobilizou 70 policiais civis e destacou a importância de garantir que os recursos destinados à educação sejam utilizados de maneira íntegra. Segundo o delegado Cassiano Cabral, diretor da Divisão de Combate à Corrupção, esta ação reafirma o compromisso da Polícia Civil em proteger o patrimônio público e promover a transparência nas administrações municipais. As fases anteriores da operação já haviam revelado provas robustas, incluindo transações financeiras e comunicações que demonstram o esquema de lavagem de dinheiro.
Confira imagens da terceira fase da Operação Capa Dura executada pela Polícia Civil