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Tire suas dúvidas sobre a vacinação da febre amarela

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Desde 11 de janeiro, o Rio Grande do Sul é considerado área recomendada para a imunização contra a febre amarela. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), a medida é preventiva e foi adotada em razão do surto da doença em Estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Para quem vai viajar a esses locais, a vacina precisa ser feita pelo menos 10 dias antes de embarcar — mesmo prazo solicitado a quem pretende ir a países que exigem a imunização.

Não é obrigatória a vacinação em quem viaja entre Estados brasileiros, mas é importante que aquelas pessoas que pretendem visitar áreas de risco estejam imunizadas. Quem pretende viajar para o Exterior também deve ficar atento aos países que exigem a vacinação contra a doença (confira mais abaixo).

Para comprovar que tomou a vacina, na hora de viajar ao Exterior, é necessário apresentar o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), conforme definido no Regulamento Sanitário Internacional. O documento é emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul, é possível se vacinar em todas as Unidades Básicas de Saúde, em qualquer município gaúcho, além de clínicas particulares. No Rio Grande do Sul, a vacina não tem prazo de validade, sendo necessário tomar apenas uma vez. Há Estados em que a dose tem sido aplicada de forma fracionada, sendo necessária a reaplicação depois de oito anos.

O que é febre amarela

É uma doença febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por mosquitos).

Quais os sintomas

Os primeiros sintomas são inespecíficos, como febre, calafrios, dor de cabeça, dor nas costas, dores musculares generalizadas, prostração, náuseas e vômitos. Após esse período inicial, geralmente ocorre declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, provocando uma sensação de melhora no paciente. Em poucas horas (no máximo, um ou dois dias) reaparece a febre. A diarreia e os vômitos ficam com aspecto de borra de café.

Silvestre ou urbana?

Os casos de febre amarela no Brasil são classificados como silvestre ou urbana, sendo que o vírus transmitido é o mesmo. A diferença entre elas é o mosquito vetor envolvido na transmissão. Na urbana, o vírus é transmitido ao homem pelo mosquito Aedes aegypti. Na silvestre, os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes transmitem o vírus, e os macacos são os principais hospedeiros. Assim, os casos humanos ocorrem quando uma pessoa não vacinada entra em uma área silvestre e é picada por mosquito contaminado.

Onde se vacinar?

No Rio Grande do Sul, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), há vacinas disponíveis em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todos os municípios. A vacina também está disponível em clínicas particulares.

Para quem a vacina é contraindicada

– Pacientes com imunodeficiência primária ou adquirida;

– Indivíduos com imunossupressão secundária à doença ou terapias;

– Imunossupressoras (quimioterapia, radioterapia, corticoides em doses elevadas);

– Pacientes em uso de medicações anti-metabólicas ou medicamentos modificadores do curso da doença (Infliximabe, Etanercepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Ritoximabe);

– Transplantados e pacientes com doença oncológica em quimioterapia;

– Indivíduos que apresentaram reação de hipersensibilidade grave ou doença neurológica após dose prévia da vacina;

– Indivíduos com reação alérgica grave ao ovo;

– Pacientes com história pregressa de doença do timo (miastenia gravis, timoma).

Pretende viajar ao Exterior? Saiba o que fazer

Para comprovar que tomou a vacina, na hora de viajar ao Exterior, é necessário apresentar o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), conforme definido no Regulamento Sanitário Internacional. O documento é emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Fique atento: para as viagens ao Exterior, é preciso ser imunizado com a dose única (como a que é aplicada no Rio Grande do Sul).

Países com risco de transmissão ou que exigem o certificado

Afeganistão, África do Sul, Albânia, Antígua e Barbuda, Angola, Anguilla, Antilhas Holandesas, Arábia Saudita, Argélia, Austrália, Bahamas, Bangladesh, Bahrain, Barbados, Belize, Benin, Bolívia, Botsuana, Brasil, Brunei, Burkina Fasso, Burundi, Butão, Cabo Verde, Camboja, Camarões, Cazaquistão, Cingapura, Chade, China, Colômbia, Congo, Coreia do Sul, Costa Rica, Costa do Marfim, Cuba, Djibouti, Dominica, Egito, Equador, Eritreia, El Salvador, Etiópia, Fiji, Filipinas, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné Equatorial, Granada, Guadalupe, Guatemala, Guiana Francesa, Guiné, Guiné-Bissau, Haiti, Honduras, Iêmen, Ilhas Maurício, Ilhas Reunião, Ilhas Salomão, Ilhas Seychelles, Índia, Indonésia, Irã, Iraque, Jamaica, Jordânia, Kiribati, Laos, Lesoto, Líbano, Libéria, Líbia, Madagáscar, Malaui, Malásia, Maldivas, Mali, Malta, Martinica, Mauritânia, México, Mianmar, Moçambique, Montserrat, Namíbia, Nauru, Nepal, Nova Caledônia, Nicarágua, Níger, Nigéria, Omã, Panamá, Papua-Nova Guiné, Paquistão, Paraguai, Quênia, Quirguistão, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Ruanda, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Saint-Barth, Saint Helena, Saint Martin, Samoa, Santa Lúcia, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sri Lanka, Sudão, Suazilândia, Suriname,Tailândia, Tanzânia, Timor Leste, Togo, Trinidad e Tobago, Tunísia, Uganda, Venezuela, Vietnã, Zâmbia, Zimbábue.

E quem não pode tomar a vacina contra a febre amarela?

– Para casos em que a vacinação for contraindicada, o viajante deverá apresentar um Atestado Médico de Isenção de Vacinação, escrito em inglês ou francês.

– As informações de atestados médicos contraindicando a vacinação podem ser inseridas no Sispafra para emissão do Certificado de Isenção de Vacinação. Essa forma de documentação tem a mesma validade e reconhecimento internacional que o atestado realizado por um médico em inglês ou francês.

Fique atento: o Regulamento Sanitário Internacional (RSI) estabelece que as autoridades de saúde devem considerar esse documento, porém poderão ainda ser aplicadas outras medidas de controle pelo país de destino.