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Trabalho escravo: 2.575 pessoas foram resgatadas em 2022

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Dois mil, quinhentos e setenta e cinco trabalhadores foram resgatados de condições semelhantes às de escravo no ano passado, um terço a mais que em 2021. Do total de resgates, 35 foram de crianças e adolescentes. 

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A inspeção do Ministério do Trabalho e Emprego realizou em 2022 462 fiscalizações em todo o país, que resultaram em mais de R$ 8 milhões em verbas salariais e rescisórias. Como algumas ações ainda estão em andamento, esse valor pode ser corrigido.

O Grupo Especial de Fiscalização Móvel esteve em 20 estados brasileiros e em 17 deles foi verificada essa prática. Apenas Alagoas, Amazonas e Amapá não registraram casos de escravidão contemporânea.

Minas Gerais foi o estado com mais ações, tendo mais de mil trabalhadores resgatados. A maior delas aconteceu no município Varjão de Minas, onde 273 trabalhadores foram encontrados em condições degradantes na atividade de corte de cana-de-açúcar. 

Dados do seguro-desemprego mostram que 9 em cada 10 vítimas eram homens, quase um terço tinham entre 30 e 39 anos, e mais da metade eram nordestinos. Cerca de 80% do total de resgatados eram negros ou pardos.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, 148 vítimas eram migrantes de outros países, dois terços do Paraguai. Ao todo, o número de estrangeiros retirados dessa situação dobrou em relação a 2021.

Entre as principais atividades econômicas fiscalizadas usando mão-de-obra semelhantes às de escravo, estão: em primeiro lugar, o cultivo de cana-de-açúcar; seguido da produção de carvão vegetal; cultivo de alho, café, maçã, soja, extração de pedras, madeira, criação de bovinos, construção civil, em restaurantes e confecção de roupas.

Denúncias podem ser feitas pelo Sistema Ipê, no site ipe.sit.trabalho.gov.br