Uma operação conjunta entra o Ministério Público (MP) e a Brigada Militar (BM) realizada nesta sexta-feira prendeu até agora 20 suspeitos de expulsar moradores de um condomínio do Minha Casa Minha Minha Vida em Santo Antônio da Patrulha no Litoral Norte. A ofensiva reuniu mais de 260 agentes durante esta manhã para desarticular o grupo criminoso
Segundo a investigação, os traficantes usaram pelo menos 20 — de um total de 240 — apartamentos do residencial, que tem o mesmo nome da cidade litorânea, como depósito de armas e de entorpecentes, e também como pontos de venda de drogas. Sete dos suspeitos foram presos em flagrante por posse de armas e drogas.
A operação também cumpriu além dos mandados de prisão, outros 40 de busca e apreensão, com base em ordem judicial. O promotor João Afonso Silva Beltrame, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, responsável pela operação ressalta que agora o objetivo é criar condições para que os moradores voltem para casa e tenham segurança no local.
“Houve atuação da promotoria de Santo Antônio da Patrulha junto com a Brigada Militar local, além do Gaeco, para literalmente devolver as casas a estes moradores no litoral. Além de terem tomado conta, os traficantes extorquiam e ameaçavam as pessoas”, destaca o promotor.
Além do condomínio em Santo Antônio da Patrulha, houve ordens judiciais cumpridas também nas penitenciárias moduladas de Osório e de Charqueadas, onde estão os líderes do esquema criminoso, e ainda nas cidades de Canoas e Nova Santa Rita, de onde é o grupo que ocupou o residencial do Minha Casa Minha Vida.
De acordo com o MP-RS, foram apreendidos celulares, armas, drogas, munição e anotações com contabilidade do tráfico em vários dos 20 apartamentos usados pelos traficantes. Os agentes ainda procuram um suspeito, que segue foragido. Os nomes dos presos não foram divulgados.
