Vinte e oito por cento dos jovens que jogam videogame no Brasil apresentam sintomas que se enquadram no chamado Transtorno de Jogo pela Internet (TJI), que consiste no uso excessivo de jogos on-line, atrapalhando atividades em outras áreas da vida, como a escola e as atividades sociais.
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É o que aponta uma pesquisa realizada pelo instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, que usou dados do programa TamoJunto do Ministério da Saúde e envolveu quase quatro mil alunos entre 12 e 14 anos.
A responsável pelo estudo, Luiza Brandão, destaca o perfil dos jovens mais suscetíveis ao uso excessivo de jogos on-line.
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“O perfil de estudantes com mais probabilidade de jogar videogame problematicamente é: sexo masculino, usuário de tabaco e álcool, que faz e recebe bullying, com níveis clínicos de sintomas de hiperatividade e desatenção, comportamento social, problemas de conduta e problemas de relacionamento entre pares com sintomas emocionais”, explicou.
Para evitar o surgimento do transtorno, Luiza Brandão relata que os pais devem ter cuidados desde os primeiros contatos dos filhos com os jogos.
“Prevenção é melhor que remediar, o começo da entrada no mundo dos videogames, se ele for mais cuidado eu potencialmente previno que se desenvolva para quadros mais graves no futuro, por exemplo restringir a quantidade de tempo, mas os pais também podem ser cuidadosos com relação à controle do tipo de jogo faz muita diferença, então jogos violentos de maneira geral a literatura é bastante categórica em relação de serem mais problemáticos, então de maneira geral os pais conseguirem restringir jogos violentos principalmente para os mais novos é importante”, afirmou.
Neste ano, a Organização Mundial da Saúde reconheceu o vício em videogames como uma doença, após publicação de uma versão atualizada da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, a CID-11.