Israel está prestes a realizar um ataque contra o Irã, segundo informações obtidas por autoridades dos Estados Unidos e da Europa. A ofensiva, se confirmada, pode acirrar ainda mais o cenário já instável da região e comprometer as tentativas diplomáticas do governo americano de conter o avanço nuclear iraniano.
Na última quarta-feira (11), diante da possibilidade de um confronto, os Estados Unidos iniciaram a retirada de diplomatas de solo iraquiano. Familiares de militares também receberam autorização para deixar o Oriente Médio.
Ainda não se sabe a dimensão do ataque planejado por Israel. Mas os movimentos recentes refletem uma escalada de tensão, marcada por pressões do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, para que Washington aproveite o momento de fragilidade do Irã e autorize uma ofensiva.
Trump resiste a novos ataques
Embora tenha sido pressionado, o presidente Donald Trump rejeitou, há alguns meses, um plano semelhante de Israel. Na época, ele afirmou que queria preservar as chances de um acordo com Teerã.
No entanto, nos últimos dias, Trump se mostrou menos otimista, após o líder supremo iraniano recusar uma proposta que acabaria com o enriquecimento de urânio em território iraniano.
Fontes próximas ao governo americano revelam que Netanyahu chegou a considerar ataques anteriores, mas recuou de última hora. Ainda não se sabe se Trump tentará impedir o primeiro-ministro novamente.
Irã promete revidar com força
Autoridades iranianas já discutem como reagir a uma possível ação militar de Israel. Segundo uma fonte oficial de Teerã, o plano inclui um contra-ataque com centenas de mísseis. Em outubro do ano passado, um ataque similar causou pouco impacto graças à ajuda dos Estados Unidos na interceptação dos projéteis.
Na segunda-feira, Trump conversou com Netanyahu por telefone. Não houve divulgação oficial do conteúdo. Já o ministro da Defesa do Irã, general Aziz Nasirzadeh, elevou o tom ao declarar que qualquer ataque resultará em retaliações contra bases militares americanas no Oriente Médio, inclusive nos países que as sediam.