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Economia

Vendas no comércio gaúcho apresentam elevação de 2% de janeiro a setembro de 2023, aponta Federação Varejista do RS

Em entrevista coletiva, o presidente da entidade, Ivonei Pioner, também criticou o aumento do ICMS proposto pelo governador Eduardo Leite.
Foto: Airton Lemos
Foto: Airton Lemos

Um balanço apresentado nesta quarta-feira pela Federação Varejista do Rio Grande do Sul aponta que, de janeiro a setembro de 2023, o comércio gaúcho registrou um crescimento de 2% no período, superando o desempenho nacional, que foi de 1,8%.

O segmento que impulsionou esse aumento foi o de veículos, motocicletas e peças, com alta de 10,5%, “devido aos incentivos concedidos pelo governo”, segundo avaliação da entidade. Em seguida, artigos farmacêuticos e médicos tiveram um aumento de 5,8%, seguidos por combustíveis e lubrificantes, que apresentaram alta de 5,6%.

De acordo com o levantamento divulgado, o pior desempenho no varejo do Rio Grande do Sul, com uma queda de 12,5%, foi registrado no comércio atacadista de alimentação e bebidas. O presidente da Federação, Ivonei Pioner, acredita que um dos fatores para essa diminuição expressiva foi a abertura de um grande número de atacarejos no Estado, o que pode ter diluído o faturamento dos estabelecimentos já consolidados.

Na entrevista coletiva desta quarta-feira (6) pela manhã, Pioner também previu um crescimento de até 3% no setor de comércio e serviços do Estado em 2024, apesar das dificuldades econômicas enfrentadas em 2023, principalmente devido a eventos climáticos. No Brasil, o patamar de crescimento real pode atingir 2%. Entretanto, o dirigente ressaltou como condicionante para o desempenho o fator climático, que impactou negativamente a economia gaúcha.

Ao ser questionado sobre o que seria menos prejudicial para o Rio Grande do Sul – o corte de benefícios fiscais ou o aumento da alíquota do ICMS de 17% para 19,5% –, Ivonei Pioner foi enfático ao dizer que o Piratini precisa enxugar o tamanho do Estado.

“Em 2020, quando sofremos e ficamos dias e dias fechados, ajustamos nossa estrutura física. A necessidade mostrou que era preciso reduzir o quadro ou o número de funcionários. O governo deveria abordar esse tema: como reduzir a máquina pública e torná-la mais eficiente? Em vez disso, propõe medidas que resultam na mesma coisa. O quê? Aumento do custo de vida para o morador do Rio Grande do Sul? Portanto, não aceitamos nem A nem B. Nossa defesa é pelo contribuinte, pelo trabalhador e sociedade, que não têm como pagar mais, diminuindo sua capacidade de compra com inadimplência”, criticou.

Inadimplência

A inadimplência apresentou uma queda acentuada em outubro de 2023, atingindo 3,1%. Os índices oscilaram entre 6% e 8% de janeiro a setembro. Os principais credores são os bancos (59,3%), seguidos pelos fornecedores de água e luz (13,2%). O comércio aparece em seguida, com 9,4%. Durante a divulgação dos dados, Pioner criticou o Desenrola Brasil, pois, segundo o dirigente, o pagamento das dívidas dos consumidores em setores como o do comércio é feito por meio de financiamento bancário, com taxas de juros de 2% ao mês. “Haverá uma migração para uma dívida bancária se não houver um bom planejamento”, alertou.