Nesta quarta-feira (11), o vereador Professor Claiton Silva concedeu entrevista à Rádio Acústica FM para discutir a grave defasagem no cumprimento do Piso Nacional do Magistério pela Prefeitura de Camaquã. Segundo o parlamentar, o valor atualizado para 2025 – fixado em R$ 4.867,77 para uma jornada de 40 horas semanais – não está sendo alcançado, com o município pagando apenas R$ 4.371,99. Essa desigualdade, que representa uma diferença de 11,34% ou R$ 495,78 mensais para os profissionais em início de carreira, levanta sérias preocupações tanto para o magistério quanto para as contas públicas municipais.

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Durante a entrevista, Professor Claiton Silva detalhou que o problema teve início em 2023, quando o município não repassou nenhum reajuste referente à reposição de 14,95% do piso, fato que vem sendo parcialmente “compensado” em 2024 e 2025 com aumentos inferiores aos devidos. Adaptando os cálculos para contratos de 21 horas – regime adotado em alguns concursos – o vereador apontou uma diferença de aproximadamente R$ 260 mensais, reforçando que, com um contingente de cerca de 1.000 professores entre ativos e inativos, os atrasos podem representar um impacto financeiro que oscila entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões por ano.
O vereador destacou, ainda, que a ausência de uma resposta clara por parte do Executivo Municipal aumenta o risco de passivos trabalhistas e judiciais. Para Claiton Silva, é fundamental que o município se posicione oficialmente sobre a regularização dos valores, tanto no que tange ao pagamento dos atrasados quanto à atualização futura dos salários. Ele propõe que o problema seja abordado em duas frentes: primeiro, garantindo o pagamento integral do piso daqui para frente, e segundo, negociando um parcelamento dos débitos acumulados, a fim de evitar a judicialização e a formação de um novo passivo financeiro.
Ao solicitar formalmente, através dos trâmites da Câmara de Vereadores, informações detalhadas sobre o cumprimento do Piso Nacional do Magistério, o vereador deixou claro que a resposta do Executivo de Camaquã deverá ser apresentada em até 30 dias. Essa resposta será crucial para que a comunidade e os profissionais da educação conheçam o real compromisso da administração com o pagamento correto dos seus direitos.