Já instalado em um gabinete montado no Centro Administrativo de Camaquã, o vice-prefeito do município, Jair Martins, falou sobre a situação enfrentada na justiça contra o prefeito Ivo Ferreira. Em entrevista concedida ao programa Primeira Hora, na manhã desta quinta-feira (25), ele lamentou a forma como vem sendo tratado e criticado pelo chefe do executivo municipal.
Na entrevista, Martins declarou que, mesmo antes de deixar o PSDB, já enfrentava um processo de isolamento dentro da sigla. Enquanto ainda estava no partido foi colocado de férias no início das ações de prevenção e combate ao coronavírus no município. No dia seguinte, resolveu a anunciar sua saída do PSDB, em reunião com Ivo Ferreira.
Ao voltar de férias, o gestor encontrou seu gabinete na prefeitura ocupado pelo setor de engenharia. Em um primeiro momento, ele relata que buscou contato com o secretário especial de governo, Rafael de Moura, que não solucionou a situação. Em seguida, Jair Martins optou por oficializar seu pedido por uma sala, mas novamente teve a solicitação negada. A partir disso, o vice-prefeito decidiu buscar o seu direto na justiça, o que foi conquistado nesta semana, após o recurso de Ivo Ferreira ser negado.
Na entrevista desta quinta-feira, Jair Martins também rebateu a afirmação de Ivo Ferreira, que declarou ao programa Esquina Democrática, transmitido no último sábado (20), que o vice-prefeito não tem nenhuma utilidade além de substituir o prefeito. O gestor relembrou reunião partidária, realizada nesta semana no prédio da prefeitura, com o objetivo de definir o MDB como partido que indicará o vice-prefeito na chapa da situação nas eleições de 2020: “Se vice não faz nada, pra que a reunião?”, ironizou.
Jair Martins também relembrou sua atuação à frente da secretaria da Agricultura, da secretaria da Mulher, do Trabalho e do Desenvolvimento Social, e da Defesa Civil, cargos que ocupou no governo, além do trabalho como vice. Além disso, o vice-prefeito também evidenciou todas as vezes que representou o município em eventos nacionais e estaduais: “Eu tenho a obrigação de trabalhar, tenho custo para o município”, declarou.
Confira a entrevista na íntegra:
