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Vice-presidente do Facebook na América do Sul é preso em SP

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O vice-presidente do Facebook na América do Sul, Diego Jorde Dzodan, foi preso na manhã desta terça-feira (1º) pela Polícia Federal em São Paulo. Ele foi detido enquanto ia para o trabalho, no bairro Itaim Bibi, zona sul da capital paulista.

Os policiais federais cumpriram mandado de prisão expedido pelo juiz da comarca de Lagarto, em Sergipe, Marcel Montalvão. Segundo a PF, o executivo descumpriu ordens da Justiça de requerimento de informações contidas no WhatsApp, que pertence ao Facebook desde 2014.

De acordo com a Polícia Federal, o teor das conversas no aplicativo são “imprescindíveis para produção de provas a serem utilizadas em uma investigação de crime organizado e tráfico de drogas”.

Diego Dzodan é argentino e mora no Brasil. Ele prestou depoimento na Superintendência da Polícia Federal em São Paulo, onde permanecerá preso à disposição da Justiça. O Facebook não se pronunciou sobre o caso.

O Tribunal de Justiça de Sergipe informou, por meio de nota, que Polícia Federal solicitou a quebra do sigilo de mensagens trocadas no WhatsApp envolvendo tráfico interestadual de drogas. O pedido foi aceito pelo magistrado, mas o Facebook não liberou o teor das conversas.

O juiz então determinou multa de R$ 50 mil, mas a empresa não atendeu à determinação. Mesmo com a elevação da multa para R$ 1 milhão, o Facebook se recusou a passar os dados.

“Diante das reiteradas determinações descumpridas, o juiz Marcel Maia decretou a prisão do responsável pela empresa no Brasil, o senhor Diego Dzodan, por impedir a investigação policial”, diz o TJ.

Confira a nota da PF na íntegra:

“Na manhã de hoje, na cidade de São Paulo-SP, Policiais Federais deram cumprimento a um mandado de prisão preventiva expedido pelo Juiz Criminal da Comarca de Lagarto/SE, Dr. Marcel Maia Montalvão, em desfavor do Representante do site e serviço de rede social Facebook na América do Sul.

Tal prisão foi representada pela Polícia Federal no Estado Sergipe, considerando o reiterado descumprimento de ordens judiciais de requerimento de informações contidas na página do site Facebook, imprescindíveis para produção de provas a serem utilizadas em uma investigação de crime organizado e tráfico de drogas, a qual tramita em segredo de justiça naquele Juízo Criminal.

O representante encontra-se neste momento prestando declarações na Superintendência de Polícia Federal em São Paulo, onde permanecerá preso à disposição do Juízo Criminal da Comarca de Lagarto/SE.”