Vinte e quatro agências foram alvos no Rio Grande do Sul do
grupo que se especializou em furtos contra terminais da Caixa Econômica Federal.
Uma outra agência, do Sicredi, também é vítima dos ataques em Cachoeirinha.
Para combater a quadrilha, a Polícia Federal realizou uma
operação a fim de desarticular a organização criminosa que atuava em vários
estados brasileiros.
Somente em 2021, 550 ocorrências vinculadas ao grupo foram
registradas em unidades da Polícia Federal em todo o Brasil. Agentes federais
cumpriram 18 mandados de prisão preventiva, 34 mandados de busca e apreensão e
medidas para bloqueio de bens nos estados de São Paulo, Bahia, Santa Catarina,
Mato Grosso do Sul, Sergipe e Espírito Santo.
A operação foi denominada Pesca Urbana em razão do sistema
utilizado pelo grupo criminoso para “fisgar” envelopes com valores depositados
em terminais de autoatendimento de agências bancárias. Em coletiva de imprensa
realizada em São Paulo na manhã desta quarta-feira, o delegado Alberto Ferreira
Neto explicou como o grupo agia:
“Esses criminosos se valem de alguns terminais, de algumas
fragilidades do sistema, e fazem simulações de depósitos e a partir do momento
que fazem essa simulação, eles inserem um dispositivo para fazer a “pesca” dos
envelopes que já estão nessa máquina e assim fazem o furto do dinheiro”,
destacou o delegado.
O grupo é investigado pelas unidades da Polícia Federal em
Caxias do Sul (RS), Porto Alegre (RS), Salvador (BA), Palmas (TO), Maringá (PR)
e Aracaju (SE). As investigações contaram ainda com o apoio da Força-Tarefa de
Segurança Pública da Polícia Federal em Uberlândia (MG) e com a colaboração da
Superintendência Regional de São Paulo.
As apurações iniciaram em janeiro de 2021, a partir do
ataque da organização criminosa a nove agências da Caixa Econômica Federal na
Serra Gaúcha, resultando na deflagração da primeira fase da Operação Pesca
Urbana (23/04/21).
Após a deflagração da primeira fase da Operação, a
organização criminosa prosseguiu com ataques a agências da Caixa Econômica
Federal nas regiões da Grande Porto Alegre, do litoral do Rio Grande do Sul e
em outros estados da Federação.
A ação de hoje prendeu dez integrantes da organização
criminosa até o momento, e realizou busca e apreensão de novos elementos de
provas e de bens adquiridos com o produto dos crimes para ressarcir os
prejuízos causados.
Até a deflagração de hoje, 49 pessoas envolvidas com a
organização criminosa já haviam sido presas em flagrante por furto a agências
bancárias em diversos estados brasileiros.
Os investigados vão responder pelos crimes de furto
qualificado, organização criminosa e outras práticas criminosas que venham a
ser identificadas na sequência das investigações.
