Após um longo julgamento que se estendeu por mais de 18 horas, o Tribunal do Júri de Camaquã condenou, na madrugada desta sexta-feira (11), três homens acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) de envolvimento em um duplo homicídio ocorrido em fevereiro de 2022. As penas aplicadas somam 48, 46 e 36 anos de reclusão.
Relembre como foi o crime ocorrido em fevereiro de 2022 em Camaquã
Os réus foram considerados culpados pela execução de Yago Chagas Couto e Everton Luiz Santos da Silva, crime ocorrido no dia 8 de fevereiro de 2022, em uma área rural de Camaquã, próximo ao bairro Santa Marta.
De acordo com a denúncia, os criminosos utilizaram um veículo roubado em Porto Alegre, quatro dias antes, para chegar até o local do crime, próximo a uma das subestações de energia elétrica do município. No local, efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra as vítimas.
Após o crime, os autores fugiram em um Fiat Siena vermelho por estradas do interior do município. A investigação da Polícia Civil apontou que o crime foi motivado por uma disputa entre facções rivais ligadas ao tráfico de drogas em Camaquã. As vítimas seriam integrantes de uma facção rival.
As qualificadoras consideradas pelo júri foram motivo fútil e recurso que dificultou a defesa das vítimas. Na época, Yago tinha 25 anos de idade e Everton 35 anos.
Além das condenações pelos homicídios, um dos réus também foi condenado pelo crime conexo de adulteração de sinal identificador de veículo automotor, por ter utilizado placas falsas no carro roubado utilizado na ação.
Os três réus já haviam sido condenados anteriormente por cinco tentativas de homicídio, também motivadas pela disputa entre facções rivais. Eles já se encontravam no sistema prisional quando foram julgados pelos homicídios consumados.
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