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Bolsonaro diz que pode privatizar a Petrobras se “não encontrar solução” para preço do combustível

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O pré-candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, afirmou que considera privatizar a Petrobras se a empresa não encontrar uma solução para a alta dos preços dos combustíveis. A declaração foi dada a jornalistas no programa Central das Eleições, da GloboNews, na noite desta sexta-feira (3).

 

— Eu vou chegar lá e vou dizer: vamos ajudar a buscar soluções, senão eu, ou outro qualquer, vai privatizar. Não gostaria, entendo que é uma empresa estratégica, mas se não encontrar a solução, vamos privatizar — afirmou Bolsonaro, referindo-se às frequentes altas nos preços da gasolina e do etanol provocadas pela política de preços da empresa.

Bolsonaro negou que considere privatizar o Banco do Brasil, mas afirma que existe uma possibilidade de vender ou extinguir os Correios e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

 

— Às vezes não é nem privatizar, é extinguir. Caso da nossa TV estatal. Quem está lá? Companheiros da imprensa. Dando traço de audiência — afirmou.

 

Quando foi questionado sobre outros temas relacionados à economia, o candidato repetiu discurso adotado em outras entrevistas, de que confia no economista Paulo Guedes, o responsável pelo seu programa econômico, e que foi humilde ao afirmar que não entende nada de economia.

 

— Sei o que o povo precisa: inflação baixa, taxa de juros menor, dólar menor que não atrapalhe quem quer importar ou exportar, pagar a dívida sem precisar aumentar imposto – comentou.

 

Em questionamento ao candidato sobre como ele espera conquistar o voto feminino, a jornalista Andrea Sadi citou uma entrevista de Bolsonaro a Zero Hora:

 

— O senhor já falou, por exemplo, aspas do senhor, “deve ganhar salário menor porque engravida. Quando ela voltar da licença maternidade vai ter mais um mês de férias. Ou seja, trabalhou cinco meses em um ano”, fecha aspas.

 

Bolsonaro negou as aspas citadas por Sadi como sendo dele. Leia a entrevista, publicada em Zero Hora em em dezembro de 2014.

 

— Cadê o áudio? Cadê a fita? Gravam tudo. Eles me entrevistaram e queriam saber por que a mulher ganha menos do que o homem. E eu tenho pesquisas, consultei, corri atrás. E esta declaração não é da minha boca. Botaram na minha conta!

Bolsonaro também declarou que buscaria revogar a lei do feminicídio caso fosse eleito.

 

— Qual a diferença entre matar seu pai ou a sua mãe? Não faz diferença nenhuma! Para mim não tem que ter lei do feminicídio. Para mim, cometeu um crime, é 30 anos de cadeia. Para mim, matou sem motivo tem que puxar 30 anos de cadeia.

 

E completou:

 

— Você vai fazer uma viagem […]. Você não se sentiria mais segura se pudesse, desde que estivesse habilitada, ter uma arma no teu carro? Porque pode furar um pneu na Rio-Santos e você ter que trocar e, daí, se chega alguém para fazer uma maldade contigo, você vai sacar do bolso a lei do feminicídio? Ele (o bandido) vai dar risada de você.

 

Sobre a escolha do vice-presidente, Bolsonaro admite ainda estar negociando com dois nomes, mas será um representante do próprio PSL.

 

— Ou vai ser a senhora Janaína Paschoal, ou o senhor príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança. (O que) está faltando é que eu estou conversando com a Janaína e ela apresenta alguns problemas familiares, porque ela tem dois filhos. […] Não posso ter preferência. Lógico, sempre, a gente pensa em um ‘plano B’. No momento, o ‘plano B’ é o príncipe.”