O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) de Porto Alegre trabalha de forma intensa para reestabelecer o sistema de abastecimento da capital gaúcha e normalizar o tratamento de água. Em entrevista para a Rádio Acústica FM, nesta quinta-feira (16), o diretor-geral do órgão, Maurício Loss, afirmou que o abastecimento continua longe da normalidade.
O Dmae trabalha em conjunto com a Sala de Situação da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, onde é possível obter dados dos rios afluentes que desaguam no Guaíba. Ele destaca que há previsão para redução do nível do Guaíba, o que possibilitará uma ação mais intensa dos serviços essenciais.
Sobre uma possível elevação no consumo de água tratada, após as vítimas atingidas por enchentes retornarem a suas residências:
“Nós temos uma limitação na produção de água, porque a água do Guaíba está com uma turbidez elevada. Como houveram muitos deslizamentos, isso dificulta o tratamento. Para os moradores que tiveram as casas alagadas, eles terão alguns benefícios, justamente porque precisarão de muita água para a reconstrução de sua casa. Para a população que ficou desabastecida nós também vamos limitar a média dos últimos seis meses para não ter uma conta alta”, detalha o diretor.
Na última quarta-feira (15), o Sistema Moinhos de Ventos foi reestabelecido parcialmente, o qual é responsável pelo abastecimento de 21 bairros. A área abrange o abastecimento de sete importantes hospitais que necessitam o fornecimento da água potável.
Loss ressalta que devido ao nível de inundação do Guaíba, ainda não foi possível acessar algumas estações de bombeamento de água pluvial. Com isto, não possível obter uma estimativa do prejuízo total. Ele aponta que após a estabilidade será necessário um estudo para a criação de novas casas de bombas e a elevação de diques de proteção.
