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Exportações gaúchas registram o pior agosto desde 2006, diz Fiergs

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As exportações do Rio Grande do Sul em agosto caíram 9,2% em agosto em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), as vendas do estado somaram US$ 1,59 bilhão no mês passado. Trata-se do nível mais baixo para o mês desde 2006.

O resultado foi determinado pela indústria de transformação, que teve retração de 14,7% e respondeu por 67,1% (US$ 1,07 bilhão) de tudo que o estado vendeu. Segundo o presidente da Fiergs, Heitor Müller, os contratos de exportação ainda não incorporaram a desvalorização do real em relação ao dólar, mas esse fator não deve alterar muito o cenário.

“Esse efeito benéfico, no entanto, é um mero paliativo, diante da fraqueza da demanda externa e do forte aumento dos custos de produção, que resultam na perda de competitividade das nossas mercadorias”, afirmou Heitor Müller.

Apesar da queda, o Rio Grande do Sul manteve a terceira posição no ranking dos estados exportadores do Brasil, atrás de São Paulo e de Minas Gerais, que registraram queda de 16,8% 26,6% em relação a agosto de 2014, respectivamente. O estado gaúcho respondeu por 10,3% das exportações do país em agosto de 2015.

Segundo a Fiergs, quase a metade das perdas da indústria pode ser explicada pelo recuo de 39,4% dos embarques do segmento de tabaco. As outras categorias que registraram queda foram couro e calçados (-30,1%), veículos, reboques e carrocerias (-28,6%), máquinas e equipamentos (-14,6%) e produtos alimentícios (-7,9%). Os produtos básicos (commodities) tiveram crescimento de 3,3%, determinado pelas vendas de soja para a China (4,3%).

Em relação aos parceiros comerciais, a China alcançou o primeiro lugar (US$ 515,3 milhões), uma elevação de 4,7%. A segunda posição ficou com os Estados Unidos (US$ 128,1 milhões), que diminuíram em 14,2% as encomendas e receberam principalmente tabaco não manufaturado. Na sequência veio a Argentina (US$ 99,2 milhões), ao reduzir em 17,6% sua solicitação, cujos produtos destaques foram veículos automotores.

No mesmo mês, as importações totais caíram 43,4%, somando US$ 734 milhões – valor mais baixo para o mês desde 2005. Todas as categorias de uso sofreram quedas. A principal delas foi combustíveis e lubrificantes (- 61,2%), seguida por bens intermediários (-51,5%), reflexo da perda de dinamismo da indústria, da falta de perspectiva de uma retomada consistente nos próximos meses e da desvalorização cambial.

No acumulado do ano, as exportações totais do Rio Grande do Sul encolheram 9,7% (totalizando US$ 11,5 bilhões), com a indústria retraindo 10,7% (US$ 7,86 bilhões). As maiores perdas vieram de coque e derivados de petróleo (-84,9%), máquinas e equipamentos (-19,0%) e produtos alimentícios (-6,3%).