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Recuperação do Rio Doce levará pelo menos 10 anos, diz ministra

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A recuperação do Rio Doce, atingido pela lama do rompimento de duas barragens em Minas Gerais, vai demorar, pelo menos, 10 anos. A afirmação é da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em coletiva realizada nesta terça-feira (17).

O “tsunami” de lama impactou diretamente em espécies de plantas, peixes e répteis que habitavam no rio. Segundo a ministra, especialistas farão estudos para determinar a recuperação da fauna e da flora na bacia do rio Doce, no que ela classificou como o maior desastre ambiental do país.

“Sabemos que a parte de répteis e peixes, o que foi impactado foi perdido […]. Além da recuperação de nascentes, que são estruturantes para a manutenção da qualidade ambiental na bacia. Certamente, é um projeto de longo prazo e, quanto falo de longo prazo, é pelo menos um projeto de uma década”, disse Izabella Teixeira.

Após uma reunião conjunta com os governadores de Minas Gerais e do Espírito Santo, a presidente Dilma Rousseff anunciou o lançamento de um plano de recuperação da bacia do Rio Doce em Minas Gerais. Parte dos custos da revitalização será bancada pela mineradora Samarco, gestora das barragens e de propriedade da Vale e da BHP.

“Esse rio tem em torno dele uma das maiores concentrações de mineradoras e siderúrgicas do Brasil. Uma série de processos levou a essa situação. Se houve essa calamidade, temos que dar um exemplo e recuperar esse rio, revitalizá-lo. Uma parte muito expressiva [da recuperação] terá de ser feita por ressarcimento da empresa”, disse Dilma.

Maiores detalhes sobre o projeto de recuperação do Rio Doce serão divulgados nos próximos dias pelo Governo Federal.

Inundação de lama

No último dia 5, o rompimento de duas barragens na cidade de Mariana provocou uma inundação de lama na região central de Minas Gerais. O distrito de Bento Rodrigues e outros foram varridos pelo “tsunami” de lama, composto por rejeitos da extração do minério de ferro.

Nos dias seguintes, a lama atingiu o Rio Doce, provocando a morte de peixes e prejudicando o abastecimento de água em cidades banhadas pelo rio, tanto no estado mineiro como no Espírito Santo. Até o momento, foram confirmadas a morte de 11 pessoas. Outras 12 seguem desaparecidas.