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Problemas climáticos frustram safra de frutas

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Os produtores de frutas de Encruzilhada do Sul amargam nesta safra fortes prejuízos com a queda na produção em consequência dos fatores climáticos desfavoráveis. A baixa quantidade de frio durante o inverno, a geada tardia, o excesso de chuva e agora o calor no verão são os principais fatores que interferiram no ciclo de desenvolvimento. A fruticultura atualmente envolve mais de cem produtores no município, que se tornou, nas últimas duas décadas, um dos maiores produtores na Metade Sul do Rio Grande do Sul. Os principais atrativos dos empreendedores são as condições climáticas da região, os mais de 1 milhão de hectares de solos aptos e o valor da terra acessível.

A produção de uva terá quebra de até 80% em algumas áreas, em consequência da geada no mês de setembro e, depois, dos problemas com o tratamento nos parreirais devido ao excesso de chuvas. Com isso, as doenças fúngicas comprometeram a qualidade das frutas. Além disso, o presidente da Associação dos Fruticultores de Encruzilhada do Sul (Afrutes), Antônio Minuzzi, afirma que o calor forte dos últimos dias provoca a queima dos cachos nas plantas com poucas folhas. Observa que na variedade Niágara, usada mais para consumo in natura, é raro encontrar cachos bons nas parreiras.

Nas áreas de produção de uvas finas das grandes vinícolas, também haverá acentuada quebra na safra. O técnico agrícola da Emater/RS-Ascar, Marco Antônio dos Santos, observa que apenas no mês de dezembro choveu mais de 300 milímetros e isso prejudicou o controle das doenças fúngicas. Explica que as empresas preveem redução de 80% a 90% na colheita este ano. A área total de cultivo no município é de 550 hectares. O presidente da Afrutes informa que o preço é considerado relativamente bom, mas os agricultores encontram dificuldades para disponibilizar uvas de qualidade. Os produtores que vendem diretamente aos consumidores nas bancas da beira da estrada cobram até R$ 3,50 pelo quilo.