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Intenção de consumo das famílias gaúchas cai 38% em março

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A intenção de consumo das famílias gaúchas em março apresenta queda de 38% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em patamar pessimista, aos 63,5 pontos, o indicador registrou desempenho negativo em todos os seus componentes analisados. O dado consta da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas – ICF, divulgada nesta segunda-feira, dia 21, pela Fecomércio-RS e que conta, no mínimo, com 600 famílias em sua amostra.

De acordo com o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, o cenário desfavorável persistente provoca impactos sobre as condições financeiras e de confiança das famílias. “Do ponto de vista político, a deterioração é grande e rápida, agravando a crise econômica e retardando a sua solução”, afirmou.

A pesquisa indica um momento de ‘destruição’ de postos de trabalho, outro fator que impacta a renda e o otimismo das famílias. Esse aspecto, associado à inflação e aos juros elevados, reduz ainda mais o ímpeto de compra dos gaúchos. O indicador que mede a situação do emprego caiu 27,5% em março, ficando em 92,4 pontos.

Já a avaliação quanto à situação de renda alcançou 75,0 pontos, permanecendo no campo pessimista com uma queda de 37,0% em relação a março de 2015. “Enquanto persistir o quadro recessivo da economia e as incertezas no ambiente político, o mercado de trabalho seguirá em deterioração, o que dificulta reajustes salariais com incrementos como os verificados nos últimos anos”, pontua o presidente da Fecomércio-RS.

Os indicadores relacionados ao consumo também foram negativos neste mês de março. Quanto ao nível de consumo atual, a queda foi de 53,5% frente a março de 2015, ficando em um patamar pessimista de 36,8 pontos. O indicador referente à facilidade de acesso ao crédito caiu 51,0% na mesma base de comparação, aos 50,7 pontos; e o referente ao momento para consumo de bens duráveis, reduziu 60,9%, aos 34,6 pontos.

Nas análises relativas às expectativas, o indicador que mede a perspectiva profissional atingiu 97,1 pontos, com queda de 4,4% em relação a mesma base do ano passado. “Diante do mercado de trabalho que destruiu 1,5 milhão de postos em 2015 e que segue no mesmo ritmo em 2016, fica difícil que os trabalhadores almejem ascensão em termos de cargos e salários dentro das empresas”, afirmou Bohn, ao justificar a trajetória de declínio do indicador nos últimos meses. Já em relação às perspectivas de consumo, o tombo foi de 41,0% (58,3 pontos), o que revela, mais uma vez que, “enquanto não houver uma sinalização de mudança do cenário atual, dificilmente a confiança das famílias apresentará resultados diferentes”, informou Bohn.