O relatório do Banco Central apontou crescimento de 2% da economia do Rio Grande do Sul no trimestre encerrado em maio. É um avanço frente ao 1,7% de crescimento do IBCR-RS registrado no trimestre encerrado em fevereiro.
No entanto, a autoridade monetária enfatiza que é o impacto da concentração de colheitas e, portanto, houve benefício do agronegócio na comparação. Ao mesmo tempo, o documento do Banco Central alerta que a atividade agrícola gaúcha foi afetada pelo clima e há uma retração quando a relação é feita com o mesmo período do ano passado.
“A safra de grãos de 2016 está estimada em 31,7 milhões de toneladas (16,5% da produção nacional), de acordo com o LSPA de junho do IBGE, implicando recuo anual de 0,6%. A quebra de safra considera estimativas de retrações para as produções de milho (15,8%) e de arroz (9,9%), e de aumento de 3,8% para a de soja, com safra recorde de 16,3 milhões de toneladas. Dentre as demais culturas, ressaltem-se as reduções estimadas para as produções de uva (52,6%), fumo (21,4%) e maçã (18,9%).”
Então, o Banco Central conclui que a economia gaúcha “persistiu em trajetória recessiva”. Considera o cenário de tensão no mercado de trabalho, além da piora nas condições do mercado de crédito. O saldo das operações de crédito superiores a R$ 1 mil contratadas no Estado totalizou R$197,2 bilhões em maio, variando -0,3% no trimestre.
Para os próximos meses, o Banco Central diz que o desempenho da economia gaúcha está condicionado:
“pela melhora da confiança dos agentes econômicos, que mostrou relativa estabilidade na margem; pelos efeitos do processo de ajuste macroeconômico em curso no país; e pelo impacto do recente acordo para pagamento da dívida com a União nos próximos dois anos.”