Após quatro votações no segundo dia de conclave, o novo líder da Igreja Católica foi eleito na tarde desta quarta-feira. Às 15h06min (horário de Brasília), a fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina, no Vaticano, noticiou aos fiéis a escolha do novo Papa, sucessor de Bento XVI, que renunciou ao cargo em fevereiro. A multidão que aguardava a decisão na Praça São Pedro comemorou, entusiasmada, e espera ansiosa pela aparição do Pontífice.
O novo Papa poderá escolher livremente como irá ser chamado. O anúncio oficial – a célebre frase “Habemus papam” – será feito pelo presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso, cardeal protodiácono francês Jean-Louis Tauran, de 69 anos. Depois disso, o novo pontífice aparecerá diante dos féis na varanda da Basílica de São Pedro.
Centenas de fiéis, turistas e curiosos enfrentaram frio e chuva para acompanhar de perto o tão aguardado momento do anúncio do novo Papa em frente à Capela Sistina, na Praça São Pedro.
Composição da fumaça
Mais cedo, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, ilustrou com detalhes como se produz a fumaça. A branca é composta por clorato de potássio, lactose e colofônio, uma resina natural.
O Vaticano explicou que a fumaça é produzida em uma das duas chaminés instaladas na Capela Sistina, que funciona com um sistema eletrônico. Os elementos químicos estão contidos em cartuchos. Depois de cada votação e em função do resultado, os cartuchos são queimados na estufa, que produz a fumaça negra ou branca que sai pela chaminé, explicou o porta-voz.
Em 2005, a eleição de Bento XVI foi marcada pela confusão porque a fumaça que anunciou o novo pontífice tinha uma cor acinzentada, e não branca, como se esperava.
Para evitar dúvidas, a fumaça branca será acompanhada pelo repique dos sinos de São Pedro, que, há oito anos, demoraram 15 minutos para anunciar o novo papa.
O conclave
O conclave para eleger o sucesso de Bento XVI começou na terça-feira. Dele, participaram os cardeais com menos de 80 anos. Durante o voto, manual e individual, os cardeais escrevem à mão, em um papel retangular, o nome do escolhido, e são orientados a disfarçar a letra. O papel é dobrado duas vezes e depositado na urna.
Ao fim de cada votação, as cédulas são queimadas em um forno, que é colocado na capela, e a indicação é a fumaça que sai pela chaminé.