O Rio Grande do Sul tem 85 municípios onde a infestação do mosquito Aedes aegypti é considerada de alto risco para a transmissão de dengue, zika e chikungunya. Essas cidades registraram, no último levantamento do índice da presença do inseto, entre maio e junho, mais de 4% dos imóveis vistoriados com presença de larvas do mosquito.
Somente em 2019, o Estado já teve mais de mil casos autóctones confirmados de dengue (quando a doença é contraída em solo gaúcho). A cidade gaúcha com maior índice de infestação predial (IIP), ou seja, maior quantidade de larvas, foi Nonoai, no Noroeste do Estado. Também apresentaram grande infestação os municípios de Espumoso, Salto do Jacuí, Giruá e Dezesseis de Novembro, todos também no Noroeste gaúcho.
Apesar de a concentração maior ter sido registrada no Noroeste, a infestação está espalhada por todas as regiões. Diante desta realidade, a Secretaria Estadual da Saúde alerta que as medidas de prevenção devem permanecer mesmo agora durante o inverno, época do ano em que há redução na circulação do mosquito.
A principal prevenção é evitar focos de água parada, como pneus, latas, vidros, cacos de garrafas, pratinhos de vasos e caixas d’água. O Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) permite que, com base nas informações coletadas, o gestor identifique os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de criadouro predominante.
O objetivo é que, com a realização do levantamento, os municípios tenham melhores condições de fazer o planejamento das ações de combate e controle do mosquito.