O Ministério do Trabalho e Emprego confirmou a liberação da segunda e última parcela do saldo retido do FGTS para quem aderiu ao saque-aniversário e acabou demitido. A medida contempla aqueles que tiveram o valor bloqueado após o fim do contrato.
Serão R$ 6 bilhões liberados para cerca de 774 mil pessoas, com crédito automático nas contas bancárias previamente cadastradas. Os depósitos acontecem nos dias 17, 18 e 20 de junho, e o valor médio recebido será de R$ 7,7 mil por beneficiário.
Quem tem direito ao pagamento?
O benefício é direcionado a trabalhadores desligados sem justa causa entre janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2025. Por terem optado pelo saque-aniversário, esses profissionais ficaram sem acesso ao valor total do fundo após a demissão, já que a modalidade limita o saque em situações como essa.
Na primeira etapa, ocorrida em março, outros R$ 6 bilhões foram pagos a mais de 12 milhões de trabalhadores. Nessa fase, o limite por pessoa foi de R$ 3 mil. Com as duas rodadas, o total liberado soma R$ 12,1 bilhões.
Saque-aniversário e suas consequências
Criado em 2019, o saque-aniversário permite que o trabalhador retire uma parte do saldo do FGTS uma vez por ano, no mês do seu aniversário. No entanto, ao aderir a essa opção, perde-se o direito de sacar o valor integral do fundo em caso de demissão, mantendo apenas o recebimento da multa de 40%.
A modalidade ganhou força nos últimos anos: 37 milhões de trabalhadores já optaram por ela. Destes, 25 milhões usaram o saldo como garantia para empréstimos com instituições financeiras.
Como consultar os valores?
Quem quiser acompanhar a movimentação ou conferir qual conta está cadastrada para receber os valores pode utilizar o aplicativo FGTS. A ferramenta é gratuita e permite acesso a todas as informações das contas vinculadas.
Desde que o saque-aniversário foi criado, mais de R$ 142 bilhões já foram retirados do fundo. Desse montante, 66% acabaram nas mãos dos bancos, como garantia em operações de crédito. Apenas 34% chegaram diretamente aos trabalhadores.