Após a paralização desta segunda-feira (3), as escolas estaduais retornaram às aulas em turno reduzido. Será assim pelo menos até o dia 18 deste mês, quando acontece uma nova assembleia, que vai definir o futuro da categoria.
Dezenas de professores protestaram contra o Governo do Estado na tarde desta segunda-feira. A movimentação aconteceu na Esquina Democrática de Camaquã, localizada na Praça Donário Lopes, no centro da cidade. Insatisfeitos com o atual governo, os docentes da rede estadual de ensino protestaram principalmente contra o parcelamento de salários.
A ação, organizada pelo 42º Núcleo do Centro dos Professores do RS (Cpers Sindicato), teve como principal alvo o governador do Estado, José Ivo Sartori. O chefe do executivo gaúcho decretou o parcelamento salarial dos servidores do RS, que atingiu várias classes, incluindo os professores.
A diretora geral do Cpers na região, Vivian Zamboni, acredita que este foi apenas o primeiro corte, e que a situação deve piorar: “Existem dois Rio Grande do Sul na visão dos governantes. Um que é de extrema beneficie, já que o próprio governador aumentou o seu próprio salário no início do ano. E nós de não recebemos nem 1% de reajuste e ainda tivemos nosso salário parcelado”, lamentou a diretora após citar os salários do governador e dos deputados.
Os servidores receberão o salário referente ao mês de julho em três parcelas. A primeira foi depositada na última sexta-feira (31), no valor de R$ 2.150,00. A medida atingiu 48% dos servidores do Executivo. A segunda parcela, no valor de R$ 1.000,00, será paga ao funcionalismo no dia 13 de agosto. O restante dos vencimentos só será quitado em 25 de agosto. Faltaram R$ 360 milhões aos cofres estaduais para pagar a folha em dia.