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Fenômenos climáticos afetam safra de grãos no Rio Grande do Sul

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Os últimos dias não foram favoráveis para a safra de grãos 2012/2013 no Rio Grande do Sul, conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (27). Com exceção da cultura do arroz, que teve as barragens destinadas à irrigação beneficiadas com os volumes de chuva registrados, as demais tiveram algum prejuízo. Até o momento, entretanto, as perdas não foram quantificadas, visto que essas ocorreram de forma pontual e localizada, atingindo de forma variada comunidades e propriedades e não as áreas cultivadas com grãos como um todo. 

No trigo – cultura que se encontra em fase crítica, principalmente em relação aos fortes ventos e as geadas -, as perdas foram pontuais. Muitas lavouras ficaram acamadas em função da chuva e dos ventos, o que poderá comprometer o rendimento até então esperado, sendo que alguns danos são irreversíveis e os produtores estão acionando o Proagro. Entretanto, os técnicos da Emater/RS-Ascar só terão condições de avaliar as perdas (quantitativas e/ou qualitativas) nos próximos dias, em função do tipo de evento climático ocorrido (granizo, vento e frio), pois as consequências manifestam-se após um período regular entre cinco e sete dias. 

Além disso, existe a necessidade de um prazo mínimo para uma avaliação mais acurada, uma vez que, dependendo do estágio de desenvolvimento em que se encontra a cultura do trigo, há a chance de recuperação da área afetada. Conforme informações preliminares, os indicativos são de que as eventuais perdas não terão impacto muito grande sobre as estimativas de produção divulgadas até o momento. 

As lavouras de canola, que apresentavam boa sanidade e bom desenvolvimento, também foram afetadas pelo vendaval e pelo granizo em algumas áreas. Os danos foram relativos e pontuais, podendo comprometer o rendimento esperado nessas áreas. 

O plantio do milho, mesmo com o tempo úmido verificado em determinados momentos, avançou dez pontos percentuais em relação à semana passada e alcança 45% do total, ficando na média dos últimos anos. Apesar de alguns estragos provocados pelos fortes ventos e pelo granizo registrados no período anterior, a maioria das lavouras encontra-se em bom estado, mantendo as expectativas de bom rendimento. Nas áreas mais adiantadas, os produtores intensificam a aplicação de adubos nitrogenados, visando a padronização das lavouras e à manutenção do potencial produtivo. 

A semeadura do feijão da primeira safra está praticamente concluída na Metade Norte do Estado. Já no Centro, na Serra e no Sul, as lavouras ainda estão em cultivo. Nessa semana, a fase de plantio chegou aos 34% no Estado, e as de germinação e desenvolvimento vegetativo, 31%. Há registro de alguns danos pontuais provocado pelo clima da semana. 

As chuvas amenizaram as preocupações dos produtores de arroz, uma vez que permitiram o aumento das águas armazenadas em açudes e barragens e a elevação das vazões de rios e arroios. Entretanto, a melhora não foi generalizada, persistindo, em alguns casos, deficiências. Em Dom Pedrito, por exemplo, a quantidade de água acumulada é suficiente para irrigar 40% da área projetada para o município. Em Barra do Quaraí e Uruguaiana, a capacidade é para 60% da área. 

Mesmo com esses pequenos percalços, os produtores de arroz já iniciaram a semeadura da nova safra que, quando o tempo permite, ocorre de forma acelerada, alcançando 6% do total estimado para este ano, contra uma média de 4% nos anos anteriores.